Roteiro de 5 dias pelo Jalapão
Vivemos em um país realmente abençoado por Deus e bonito por natureza e esse artigo vai falar sobre um dos melhores destinos de ecoturismo do país, portanto, aqui vão dicas e informações importantes para você montar um roteiro de 5 dias pelo Jalapão, reunindo os melhores atrativos desse paraíso!
Localizado no Tocantins, distante quase 200 km da capital Palmas, é um destino conhecido por viajantes do mundo inteiro por suas belezas naturais, fervedouros, cachoeiras, mirantes e muito mais, fazem do Jalapão um dos lugares mais visitados pelos brasileiros.
Mas agora chega de tanta conversinha e bora logo descobrir tudo sobre um roteiro de 5 dias pelo Jalapão?
Partiu?
Veja nesse post
Roteiro de 5 dias pelo Jalapão: o que você precisa saber
- Para começar a falar sobre o roteiro de 5 dias pelo Jalapão, é importante dizer que por lá, será necessário um carro com tração automática para realizar seu roteiro e nem pense em arriscar fazê-lo de outra forma, viu?
- A velocidade máxima permitida na estrada é de 20/40/60 km/h e a costela de vaca é um nome popular dado as lombadas que a estrada de terra fazem…Você vai sacudindo hahaha assim que chegar lá vai perceber isso hauhauahau
- O turismo no jalapão começou há mais de 20 anos e hoje é um dos lugares mais visitados em todo país, referência para o ecoturismo.
- Até Ponte alta e Pindorama você consegue ter sinal de celular, mas aproveite, é um momento para realmente se desligar e aproveitar a natureza.
- A Vivo é morta no jalapão, a melhor é a Claro por isso, se você não consegue ficar desconectado, talvez seja uma opção trocar o chip.
- Chambari é o prato típico do Tocantins, uma espécie de Vaca Atolada feita com osso buco, não deixe de experimentar!
- Pra abastecer, já encha o tanque em palmas, pois é bem mais barato!
Bom agora que você já tem algumas informações importante sobre o Jalapão, vamos conhecer esse roteiro de 5 dias que eu fiz e achei perfeito?
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Roteiro dia 1
Vamos começar com as informações importantes sobre o roteiro de 5 dias pelo Jalapão em nosso primeiro dia.
A expedição saiu de Palmas perto das 8 da manhã e seguiu por 2 horas, passando por Taquaruçu, Buritirana, Santa Teresa e Ponte Alta.
Em Ponte Alta, paramos no posto Visão para dar uma esticada e ir ao banheiro (parada de 10 minutos).
Nesse momento o pneu é ajustado de 32 pra 22 libras, assim o carro fica mais pesado e o risco de atolar na terra é menor (cuidado, com o pneu mais baixo os ricos dele furar são maiores)
Seguimos pela estrada asfaltada por 15 minutos e então entramos na estrada de terra por 9 km até chegar na Fazenda Pedra furada, o primeiro lugar visitado da nossa viagem
Chegando na fazenda, você precisa dar o seu nome e pagar uma taxa de visitação (pagamento apenas em dinheiro) aqui a visitação acontece por ordem de chegada.
O tempo de permanecia da Pedra Furada é controlado na alta temporada devido ao fluxo de gente (em torno de 20-30 minutos)
Pra subir até a pedra é bem tranquilo, são pouco mais de 500 metros, a trilha é feita por um caminho de fácil acesso.
Existem três pontos legais para foto:
- 1- na chegada da pedra
- 2- na curva da pedra
- 3- na icônica pedra furada
Pedra Furada, no Jalapão.
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Informações importantes
O uso do drone é proibido, mas às vezes você consegue a autorização lá na recepção.
Infelizmente não conseguimos porque no dia que visitamos as abelhas que moram lá estavam meio alvoroçadas, enfim, a natureza rsrsrs.
Na fazenda Pedra furada tem banheiro e estava limpo quando visitamos.
Saímos da pedra furada (Ponte Alta) e seguimos sentido Pindorama.
O percurso todo até a Lagoa do Japonês é de 91km, sendo 32 km de estrada de chão. Os últimos 12km a estrada é bem tensa, cheia de curvas e possíveis carros atolados.
Na pedra furada é possível fazer camping e dizem que o nascer do sol é até mais bonito do que o pôr do sol.
Nesse trajeto a vivo continua morta hahaha mas em alguns cantos a claro tem um pouco, quase nada de sinal.
Já quase perto da Lagoa do Japonês nós passamos por alguns restaurantes e paramos para almoçar no restaurante Dona Minervina, que além de ter comida boa regional, ainda tem uma casinha fofa de pau a pique.
Não deixe de fazer uma foto na janela da casinha, o almoço é self-service a vontade e custa R$ 35.
Além desse também tem dois outros restaurantes
- Almerinda R$35
- Lagoa do Japonês R$35
Sobre a Lagoa do Japonês
- Chegamos na Lagoa do Japonês em torno de 1h da tarde, o local é bastante estruturado, com banheiros com espelho e chuveiro de água fria.
- Existem dois acessos pra lagoa, sendo um deles (lado direito) mais perto da gruta azul. Os dois são bonitos pra fotografar.
- A profundidade da Lagoa do Japonês pode chegar até 4 metros de profundidade, mas existem pontos que da pé.
- A temperatura da água da Lagoa do Japonês é boa, não é quente, mas também não é gelada.
- Sabe aqueles peixinhos que comem pele morta? Aqueles que ficam dentro de aquários? Então, a Lagoa do Japonês é cheio deles, e olha, se você é sensível, meu amigo hahaha. Os peixinhos mordem, fraquinho hahaha tipo um belisco, mas de muitos ao mesmo tempo… não dói tanto, mas incomoda bastante.
- A claridade da água varia de um Verde até um azul bem claro. Me lembrou o Royo azul em Punta Cana e a gruta do Lago Azul em Bonito
- Pra entrar na Lagoa do Japonês você paga R$30 e caso queira alugar alguns equipamentos custam em torno de: Espaguete R$2; colete; salva-vidas R$10 e sapatilhas (acho super necessário) R$10
- O tempo de permanência na lagoa é livre, mas ela fecha as 17h, com a expedição você fica em média 2 horas.
Dicas extras
- Na volta tinham alguns carros atolados na areia, o que é comum quando você não tem experiência e o carro também não ajuda. Tem que ser 4×4 e ponto!
- Se você tiver sorte o pessoal das expedições podem te socorrer mas isso não é muito comum, e se precisar de um guincho o negócio já é bem caro.
- Na Lagoa do Japonês também tem tirolesa e custa R$40
- A entrada da Lagoa do Japonês é R$ 25 e o camping para passar a noite custa R$ 50 que ja inclui a entrada pra lagoa.
Obs: A 1.3km a pé da Lagoa do Japonês tem a Cachoeira da Usina (entrada gratuita) que não paramos no passeio, mas é possível ir a pé pela trilha. Há também outro acesso para ir de carro para a parte inferior da cachoeira, mas indo a pé você chega no lado mais interessante da cachoeira.
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Roteiro dia 2
No 2 dia do nosso roteiro de 5 dias pelo Jalapão, tomamos café da manha (aberto a partir das 06:40), conhecemos as piscinas naturais da pousada (muito bonitas inclusive).
Saímos da pousada Águas de Jalapão as 8 da manhã, passamos no letreiro portal do Jalapão, na cidade de ponte alta do Tocantins pra tirar algumas fotos (passeio gratuito).
Sobre o trajeto
- Fomos para o Cânion Sussuapara, que fica a 15 km de estrada de terra boa do centro de Ponte Alta, detalhe que o cânion passou a cobrar entrada dos visitantes somente uns 4 anos atrás, antes era gratuito.
- Depois pegamos 130km de estrada de terra ruim com direção a cidade de Mateiros para almoçar na prainha do rio novo.. Nesse percurso a estrada é tão ruim que fazemos uma média de 40 km/h (em carro bom) levando em torno de 3 horas até o almoço numa vila quilombola.
- No meio do caminho, paramos na Merra da muriçoca numa antena da Claro para pegar internet e ir ao maTOilette (banheiro no mato hahaha).
- As 13:00, chegamos no restaurante do Adélio para o almoço e descanso na área de redários.. a vila quilombola Rio Novo tem outro restaurante chamado Flor do Jalapão da Dona Creusa, ambos self service sem peso (bebida paga a parte).
- As 14:00, seguimos pra Praia Coração do Jalapão (entrada 10 reais inclusa no pacote) que tem um banho no Rio Novo e área para foto da cachoeira do rio novo
- Parada para tomar uma cerveja no Recanto das Dunas que é um bar bem próximo as dunas que abriu há uns 3 meses.. música muito boa, e vários passeios agora vêem o por do sol lá (em vez de ver nas dunas), mas achamos os drinks bem caros!
Estradas do Jalapão na época de seca
Dicas extras do roteiro do dia 2
- Pôr do sol nas Dunas fica ao lado da Serra do Espírito Santo, chegar até às 17:30 e sair até às 18:30..só entra carro com guia e não pode ficar perto da borda da duna
- Chegada pousada Panela de Ferro que fica na frente do letreiro “Eu amo Jalapão” em Mateiros (a maior cidade do Jalapão com 3 mil habitantes”)…Essa pousada é uma das poucas da cidade que tem piscina e lá que ficaram hospedados diversos atores famosos da Globo durante a gravação da novela “depois do paraíso alguma coisa” rsrsrs
- Outros diferenciais dessa pousada é que a internet funciona bem, as toalhas são banhão da “Buddymeyer” (muito boas) e dão sabonete Dove, maravilhoso, em vez daqueles sabonetes finos em barrinhas.
- Jantar no restaurante capim dourado em Mateiros, self service sem peso
Veja também: Quanto custa viajar pra Ouro Preto
Roteiro dia 3
Dia de visitar os fervedouros em nosso roteiro roteiro de 5 dias pelo Jalapão, principais atrações turísticas do Jalapão!
- Fervedouro dos Buritis que é o em formato de coração, mas só é possível ver de drone.. esperamos bem pouco e é muito bonito!
- Fervedouro do Ceiça é o original, o primeiro fervedouro do jalapão aberto a visitação há +30 anos.. esperamos 2 horas e meia e achamos muito desorganizada a área de espera e não vimos muito graça nele… Como todas as expedições vão nesse fervedouro, por ele ser o primeiro e um dos mais famosos, esperas são muito comuns
- Fervedouro Encontro das Águas foi um dos que eu mais gostei, pois apesar de não ser tão bonito, a experiência no fervedouro é única, pois a força que te puxa pra cima é a maior de todos os fervedouros que visitei, você sente bastante areia nos pés.. uma areia fininha, muito legal, achei que valeu a pena demais ter conhecido esse mesmo não estando tão bonito..
- Outra coisa legal que nele tem o encontro dos rio Formiga (o mesmo da cachoeira da formiga e do fervedouro Buritizinho) com rio Sono com cores diferentes, bem bonito que você pode se banhar enquanto espera sua vez de entrar no fervedouro.. de qualquer forma, esperamos pouco para chegar nossa vez
- Fervedouro de tarde até a noite no Buritizinho.. esse é dos poucos fervedouros que têm banho noturno e vale muito a pena.. a cor da água é bem azul, então pra fotos foi um dos que achei mais bonitos..
Informações Importantes
- A areia é mais grossa, tem pedras no fervedouro (praticamente nenhum outro tem), mas a pressão / força do fervedouro em si é o menos legal, porque ele parece ser mais fundo então você não consegue sentir tanto a força do fervedouro.
- Lá enquanto você espera a sua vez de entrar no fervedouro, você se banha no rio do Sono que é o mesmo rio da cachoeira da formiga e o banho é super gostoso.. lá tem restaurante e área de camping também.
Dicas extras roteiro dia 3
- Almoço no restaurante do Léo, que serve um frango frito delicioso e o melhor chambari da região (esse infelizmente estava em falta quando estávamos no Jalapão)
- Jantar na pizzaria Bahamas, massa fina…pizza doce de banana muito boa
- Dormimos novamente da mesma pousada Panela de ferro.. dica experimentar o bolo Mangulão, que é tipo um bolo de pão de queijo e o bolo de coco também.
Quer saber mais sobre os fervedouros do Jalapão? Fizemos um artigo inteiro sobre o assunto!
Roteiro dia 4
- Mais um dia em nosso roteiro de 5 dias pelo Jalapão e começamos conhecendo a Cachoeira do Formiga e o almoço no Restaurante do Léo
- Depois seguimos para o Fervedouro Macaúbas parece que é o que afunda mais e é também um dos mais bonitos.
- A trilha pra ir da sala de espera até o fervedouro e a trilha do prego (pela quantidade de macacos pregos) é umas das mais longas, mas também a mais bonita, pois é toda fechada com árvores.
- Na sala de espera há alguns artesanatos em madeira a partir de 3 reais que o proprietário mesmo faz no local…
- Fervedouro Veredas que é o com estrutura mais bonita, com um visual lindo e um bar / sala de espera bem chique.. por causa do deck e do tamanho do fervedouro, esse foi um dos que eu achei mais bonitos…O banheiro também é muito bom!
- Fervedouro bela vista a noite em São Félix do Tocantins, pernoite na pousada Bela Vista (a com melhor estrutura das que ficamos, o quarto é super novo, limpíssimo e muito bem decorado)
- Jantar na hamburgueria Rota 22, na praça central da cidade.. lá eles produzem a única cerveja artesanal do Jalapão, e o hambúrguer e o pão também são feitos de forma artesanal!
Fervedouro Boa Vista – Roteiro de 5 dias pelo Jalapão. Foto: Paula Rocha
Dicas extras do roteiro dia 4
- Loja capim dourado da Jane (fica do lado do restaurante do Leo) e é a loja mais barata que vende produtos feitos com capim dourado, a partir de 10 reais.
- A Jane sempre serve um chá muito bom na loja dela, vale a pena provar.. ao lado da lojinha dá pra ver o marido da Jane fazendo os produtos e dá pra comprar sorvetes de frutas locais.
- O quilombo Mombuca, em outra parte do Jalapão, ficou famoso por começar a comercialização dos produtos feitos com capim dourado e seda, por ter ficado mais famoso, acaba que os produtos lá ficaram mais caros..enquanto um produto na Jane custa 10-15 reais, na lojinha do Mombuca custa 30 reais.
- Caso você vá para o quilombo Mombuca, tente almoçar no restaurante da Tonha, que é neta da Dona Muida (Guilhermina Ribeiro da Silva) que foi a quilombola precursora na arte de produtos com capim dourado.
- Inclusive agora em maio de 2021, um deputado de Tocantins criou um projeto para atribuir o nome de Dona Miuda a estrada TO-247 que chega em Mateiros, para homenagear quem inventou essa arte de capim dourado, que é tão importante pra região.
Artesanatos de capim dourado.
Roteiro dia 5
Nosso roteiro de 5 dias pelo Jalapão seguiu desbravando os fervedouros, aliás, aproveitar o fervedouro Bela Vista de manhã.
Das 18:00 até 08:30 é só para quem está hospedado na pousada Bela Vista.
- Fervedouros com banho noturno Bela Vista (só pra hóspedes); Alecrim; Buritis e Buritizinho
- Fervedouros mais novos (abriram de 1 ano e meio pra cá) Veredas; Licuri e Borboleta
Observação – No roteiro de 5 dias rodamos +/- 1.150 km, considerando uns 8km/l, gastamos em torno de 150 litros de gasolina / diesel.
Roteiro de 5 dias pelo Jalapão: O Bela Vista durante a noite. Foto: Paula Rocha.
Pode te interessar: onde comer em Morro de São Paulo: 10 melhores restaurantes
Como fazer o jalapão por conta própria;
- Dá pra fazer com um carro 4×4 vindo por São Félix do Tocantins.
- Evitar o trecho de Ponte Alta a Mateiros.
- De Palmas a Lagoa do Tocantins é asfalto normal.
- De lá a São Félix é estrada de terra, mas como tem várias fazendas nesse percurso (algumas do governador do estado) a estrada está em boas condições, dando pra por até 80 km / h em alguns trechos..
- Outra rota possível com estrada melhor ainda (que passa qualquer carro) é ir para o Jalapão vindo da Bahia.
- De Formosa do Rio Preto pela BA-225 e depois TO-247 até chegar em Mateiros ou começando em Barreiras pela BA-135, que tem até aeroporto.
- Essa é a principal rota usava pelos locais, donos de restaurante / mercado / pousada quando vão comprar suprimento para levar para o Jalapão, pois apesar de ficar mais longe que a capital Palmas, a estrada do lado da Bahia é bem melhor, então eles vão para a Bahia comprar as coisas em vez de comprar em Tocantins.
Confira as informações se quiser fazer essa expedição por conta própria. (Foto: Paula Rocha)
Informações importantes
O passeio até a Lagoa do Japonês já é muito difícil de chegar com carro próprio, pois o percurso passa por uma subida forte no areião e até carro 4×4 atola.. foi o canto que mais vimos carros atolados .
Pra chegar nas dunas também não pode ir por conta, pois como as dunas estão dentro do parque do jalapão, só pode entrar carros com guia credenciados.
Então quem está indo por conta precisa contratar um guia em Mateiros pra levar seu carro ou contratar algum passeio pra levar e trazer das dunas..
Além disso, da estrada até as dunas tem 6km de areião pesado (que é basicamente impossível chegar com carro normal).
Além do roteiro circular feito 99% dentro do carro 4×4 (normalmente feito entrando por Ponte Alta do Tocantins e seguindo pra Mateiros, São Felix, Novo Acordo e Palmas), algumas agências fazem também um roteiro, onde o visitante caminha por dentro do cerrado no parque do jalapão, faz rafting e tem ainda a vantagem de entrar na cachoeira da velha…
Sem a caminhada (chegando de carro), o passeio acessa apenas um lado da cachoeira, onde não é possível entrar no rio, só tirar fotos e ir embora.
Já fazendo a caminhada por dentro do parque, o turista chega do outro lado da cachoeira, onde da pra se banhar no rio novo e até entrar por trás da queda da cachoeira.. uma opção interessante para quem gosta de trilhas.
Fervedouros – Jalapão. (Foto: Paula Rocha)
Bom, agora que você já tem todas as informações que precisa, que tal colocar o pé na estrada e partir pra desbravar o Jalapão?
Bora?
